Carismática e experiente,a apresentadora Darleide Alves tem formação em Marketing e fez estudos em teologia.Após ter passado pela área educacional,resolveu atuar com maior força na comunicação onde está há 18 anos,parte em rádio e em televisão.Desde 2003,é presença em vários programas da TV Novo Tempo e hoje conduz semanalmente dois programas com forte ênfase em temas ligados à família que são o Consultório de Família e o Sem Tabus,ambos com reprises em outros horários.Nessa edição da Revista Família Esperança,Darleide,casada com o jornalista J. Washington e mãe da jovem Sudaleif,fala do que tem visto e lido a respeito da reação dos telespectadores e internautas que evidenciam a necessidade de se lidar com os problemas familiares de uma maneira séria,aberta e espiritual na televisão.
Revista Família Esperança- Fale um pouco de como começou o programa Consultório de Família.
Darleide Alves- Em 2004,o nome do programa era Sua casa,Um Lar.A produção testou alguns formatos,o mesmo se consolidou e passou a ser apresentado por mim ao lado da reconhecida educadora e escritora Áurea Soares.A mesma dinâmica,incluindo outros profissionais,seguiu até 2010 quando ganhou novo nome,mais convidados,mais tempo e a participação dos telespectadores,por ser ao vivo e em horário nobre.Diante da grande aceitação do público foi percebida e a necessidade de atender as famílias na área da sexuallidade e,então,surge o Sem Tabus.O prestígio dos programas se deve,principalmente,ao nível de excelência dos psicólogos,educadores,pastores e mais colaboradores com quem compartilharmos os resultados do cumprimento da missão.
Que tipos de situações familiares mais têm sido alvo de discussões em seus programas de TV Consultório de Família e Sem Tabus?
Darleide Alves- Relacionamento dos jovems,crises conjugais,educação de filhos e doenças emocionais são temáticas muito comuns no Consultório de Família.Já o Sem Tabus tem a função de falar sobre sexo abertamente com a responsabilidade de resgatar a função e a santidade do sexo.
Que tipo de resultados os programas já apresentaram ao longo do tempo em que estão no ar (refiro-me principalmente a algo que os próprios telespectadores disseram)?
Darleide Alves- Não são poucas as pessoas que apontam o Consultório de Família e o Sem Tabus como responsáveis por mudanças significativas na condução dos relacionamento familiares a partir da aprendizagem pessoal de que "nada muda se o indivíduo não muda primeiro".
Sem a pretenção de dar respostas absolutas,mas dar uma ideia do que pode ser feito para mudar no pensamento e a prática de quem quer construir relacionamentos saudáveis e duradouros.
Temos exemplos práticos de mudanças como o da moça que desenvolveu a tricotilomania (mania de arrancar os próprios cabelos e comê-los).Quando o psiquiatra disse que a doença poderia ser curada com o controle da ansiedade que girava em torno de uma mágoa com os pais.Ela seguiu a dica e hoje está muito bem.
Outro caso é o da senhorinha de 72 anos que assiste o Sem Tabus para saber ensinar aos netos sobre sexualidade.Mas não posse deixar de compartilhar a história de uma dona de casa que começou a assistir o Consultório,convidou as amigas da vizinhança o que resultou em batismos.
Estes são apenas alguns testemunhos que dão conta do quanto os programas encontram lugar no coração das pessoas.
Na sua opinião,qual a importância da comunhão diária com Deus e do apego aos Seus princípios para uma família bem estruturada?
Darleide Alves- Antes que o homem se relacionassse com a mulher,lá no Éden,foi dada àquele homem a oportunidade de relacionar-se com Deus.Só então,lhe fora dada a mulher e o dom de formar uma família.É inegável que as relações são frágeis por que é frágio ou inexistente a vida espiritual.Nenhuma família que ora junta,que apresenta a Deus suas dificuldades,necessidades e gratiddão é vítima dos desassossegos fatais.Casais que oram juntos têm a vida conjugal fortalecida.São levantadas barreiras contra o adultério,a indiferença e a violência.O Espírito Santo é eficaz em manter a família protegida.Enquanto muitos dizem que "acabou",para os que creem no Altíssimo como sendo o esconderijo é oferecido amor "derramdo no coração" (Romanos 5:5_.
Relate algum caso que ilustre essas necessidades e como,através do programa,determinada família foi ajudada?
Darleide Alves- Enquanto aconselhava uma mulher aflita em seu relacionamento conjugal e,depois de várias tentativas frustradas de restauração,eu propus que ela criasse a rotina de orar com o marido pela situação dos dois,com o cuidade de não aproveitar o momento para "dar recados",mas apresentar a Deus as coisas boas e as difíceis e pedir sabedoria e paz entre os dois e amor.
Após explicar-lhe o valor do vínculo e da intimidade que tal atitude promove,ela me disse:"Eu tenho vergonha de orar com ele."Isso me fez entender que a falta de intimidade entre os casais não é sexual,mas espiritual,e isto torna o coração ainda mais endurecido para amar de verdade.
Foi aí que fiz um programa sobre o valor do culto em família e,em outros programas,passei a falar desta necessidade até que uma moça,casada com um líder de igreja,me contou pessoalmente sobre a diferença que tal prática promoveu em sua casa.A mesma coisa fez com os filhos.Em vez de perder a paciência e dizer que o filho era insuportável,passou a pô-lo no colo e dizer em oração que o amava,e pedir ao Eterno que o fizesse uma criança obediente e feliz.Outro casal também notou mudanças quando combinaram que mesmo quando o marido estivesse em viagens,ligaria para orar com a esposa e filhos.
Em outro programa,abordamos a homossexualidade,mas ao final do programa não fiquei satisfeita com a abordagem e pensei que não tínhamos sido claros o suficiente.Passados alguns meses,fui gravar uma matéria especial sobre a influência da TV Novo Tempo dentro de um presídio,no Paraná.Lá,um presidiário relatou,sem que esperasse,que aquele programa foi o responsável por lhe dar motivos para crer que Deus o ama independentemente das suas práticas e faz dele um novo homem.Naquel momento,entendi o valor da dependência de Deus para lidar com temas tão sensíveis e abençoar pessoas livres ou presas.Livres das grades ou presas em suas culpas e angústias.